O custo de produção é bastante fácil de determinar, ou não? Determine o número de operações, o custo da mão de obra e o custo do material. Mas nem todas as unidades são perfeitas. Algumas unidades requerem retrabalho. Algumas unidades estão sucateadas. Qual é o custo das consequências da produção? Como esse custo afeta os resultados financeiros? Vejamos um cenário simplificado para descobrir.
Cenário: Uma empresa de manufatura discreta possui uma linha de produção com um tempo takt de 60 segundos para atender aos requisitos de entrega (ou seja, um produto é necessário sair da linha a cada 60 segundos). O rendimento real da linha varia de um produto a cada 55 a 70 segundos, e a linha atualmente tem uma média de 68 segundos (os dois últimos valores estão bem acima do tempo takt exigido). A linha de produção tem um rendimento de primeira passagem (FPY) de 75% (ou seja, 25% dos produtos requerem trabalho extra para serem utilizáveis). Também tem uma taxa de sucata de 10% (10% da produção não pode ser aproveitada e é baixada), o que significa que 90 em cada 100 unidades processadas pela manufatura serão realmente vendidas (os 10% de sucata fazem parte dos 25% que exigem trabalho extra).
Suponhamos que haja cinco operações de produção na fabricação do produto, um custo total de mão de obra direta de US$ 50 e um custo total de material de US$ 25 (ambos por unidade de produção). Para facilitar o acompanhamento, assumiremos que cada operação consome aproximadamente 20% do custo total de mão de obra e material (US$ 75), perfazendo o custo de cada operação em US$ 15.
Com o FPY original sendo de 75%, os 25% que necessitam de retrabalho/reparo (as consequências) têm custos adicionais não contabilizados no preço original de US$ 75 por unidade. Supondo um custo nominal de mão de obra de US$ 20/hora para mão de obra de produção (esta taxa variará significativamente dependendo do setor) e uma duração nominal de 3 horas adicionais de mão de obra por unidade (isolar a unidade defeituosa, movê-la de e para o reparo, analisar e reparar/retrabalhar a unidade, e testar novamente para aceitar a unidade de volta à produção), cada unidade na precipitação custa um adicional de US$ 60 (US$ 20 x 3 horas), sem incluir o material extra usado para reparar/retrabalhar a unidade. De 100 unidades de produção processadas, 25 unidades terão um adicional de US$ 60 por unidade para um custo total de US$ 1.500 (US$ 60 x 25 unidades) que agora deve ser compartilhado por todas as 100 unidades para a execução de produção (US$ 15 por unidade). Isso eleva o custo total por unidade para a produção de US$ 75 para US$ 90.
Também precisamos levar em consideração o custo das unidades que serão sucateadas (10% do total de unidades). Das 100 unidades que iniciaram a produção, 10 (parte das consequências originais de 25%) serão sucateadas. No entanto, aproximadamente os mesmos custos de mão de obra serão aplicados a essas unidades sucateadas, pois elas ainda serão manuseadas, analisadas e testadas, o que significa que as unidades estão sendo sucateadas à taxa de US$ 90 por unidade, por um custo de sucata de US$ 900 para as 10 unidades sucateadas. Esse custo agora é adicionado ao custo de fabricação das 90 unidades vendidas – um adicional de US$ 10 por unidade vendida (US$ 900/90) para um custo total de US$ 100 por unidade vendida (US$ 90 + US$ 10). Este é um aumento significativo em relação aos US$ 75 originais por unidade e não inclui o custo do material que pode ter sido usado durante as operações de retrabalho/reparo. Neste exemplo, o custo do retrabalho/reparo e da sucata adiciona pouco menos de 34% ($ 100 de custo unitário final / $ 75 de custo unitário original ´ 100 = 1,333% de diferença ou um aumento de 33,333%) ao custo das unidades vendidas. Isso somente se o reparo/retrabalho não agregar custos adicionais de material. Este custo adicional representa um dreno direto no lucro da empresa e muitas vezes não é contabilizado no custeio da produção (oculto nos custos indiretos das operações).
O cálculo de custos é simplificado neste exemplo. Os custos de retrabalho/reparo são muito mais complicados porque dependem de onde no processo a unidade de produção foi sucateada, da mão de obra e do material consumido pela unidade de produção antes de ser rejeitada e de qualquer material adicional consumido durante o processo de retrabalho/reparo.
Outro aspecto importante das operações de manufatura é o conceito de que os custos de retrabalho/reparo/sucata devem ser distribuídos apenas pelas unidades vendidas. Para recuperar o custo da má qualidade, uma empresa deve reduzir a sua margem de lucro por unidade vendida ou aumentar o seu preço de venda por unidade. Neste escopo de análise de custos, pode ser utilizado o indicador chave de desempenho (KPI) de custo total por 100 unidades vendidas. Neste KPI, as consequências totais seriam refletidas como “quantas unidades devem ser iniciadas para atingir uma produção de 100 unidades concluídas” (e vendidas). O custo de retrabalho/reparo (25% no exemplo) e o custo das unidades sucateadas (10%) seriam incluídos no custo de produção das 100 unidades que foram efetivamente vendidas a um cliente. Neste exemplo, o número de unidades iniciadas seria 110, pois apenas 10 unidades foram descartadas. As 15 unidades adicionais (25 unidades que necessitam de retrabalho/reparo, menos as 10 unidades sucateadas) ainda serão concluídas e vendidas, mas conforme discutido, haverá custos adicionais.
Olhando para trás, para a análise original, se o custo de produção (incluindo reparo, retrabalho e sucata) for de US$ 100 por unidade, então o custo por 100 unidades também pode ser declarado como US$ 1.000 por 100 unidades. Para monitorar alterações significativas, pode ser necessário alterar a quantidade “por unidade”. Se um produto tiver um custo unitário baixo, as diferenças só poderão ser reconhecidas em volumes maiores “por unidade” (“custo por unidade”, “custo por 100” ou “custo por 1000”). Usar esse KPI só tem valor quando comparado ao mesmo KPI de execuções de produção adicionais do mesmo produto ao longo do tempo.
Agora você sabe.
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